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domingo, 12 de junho de 2011

Parenteses



Guarde os pequenos fragmentos de mim
para que possamos brotar no fim do inverno
E se chego em sua casa
Me atrapalho e cresço viscosa pela neve
Mas mantenha sua estrada
Entalhada no marfim
E antes de mais nada
Adormeça sobre mim

Deixe a luz e tua alma
Cante penas sobre a fachada
que teu rosto cobre manso e tolo
conte beijos para mim
Sou o gesto que vos cala
tenebra num manto carmim

De mansinho chego tarde
Na hora em que menos me deseja
Na madrugada voo longe
Em silencio deixo o leito
Pense em mim entre parênteses
Já se foi a liberdade.
Pense em mim que na verdade
Deixarei-vos cedo ou tarde

Mantenha os encantos de mim
Nas sombras de um baú eterno
Deseje o que puder pois posso conceder-lhe
Guarde os pequenos fragmentos de mim
para que possamos brotar no fim do inverno
Pense em mim entre parênteses
que chegou o fim da estrada
Daqui para frente só se escuta
O nada,
Nada...
Nada...

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