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sábado, 20 de dezembro de 2014

Dor Imortal



Havia tanto dela em mim que foi impossível não me descontrolar,
não fugir ou pensar.
E quando me vejo no espelho é o reflexo dela que vem me azucrinar:
me jogar na cara o que eu não fiz,tudo que tinha que ter feito, que foi perdido.
É a voz dela a sussurrar pela manha as canções que cantarolava,
os olhos dela a me negar a luz que outrora tinha.
Os beijos dela me afagando noutras bocas...
Era ela em tudo que eu perdia!
Sem perceber minha fraqueza mais mortal, fechei meus olhos, ponto final!
Fui-me embora para sempre, perdendo da vida o mais belo presente.
Por ser fraco! Incompetente! Um mero verme boçal!
Acoplado, escravizado pelo carinho, pela paixão que eu fingia.
Eu não percebi que tanto de mim também ia, seguir com ela no final.
Pior de tudo, eu não sabia!
Que quebrando o peito dela, minha dor é que seria imortal!