Os tempos passados não vão voltar
Nem o miasma das estações que se foram
deixando rastros ensanguentados pelo chão
de que importa a infinita maturidade
das palavras descascadas
Se meu horizonte não vê nada
e esbarra nas tragédias de meu Alcorão
Em rimas disfarçadas de felinos
derramo ténue os espinhos
que um dia cultivei
Se os anos passam imprecisos,desgastados
e que me importa teu olhar
tristonho e mordaz
Se simplesmente tanto faz
Os teus atos,teus pecados
depois assim tão lisonjeiro se proclama rei dos desgraçados,leva pouco e nada trás