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sábado, 20 de dezembro de 2014

Dor Imortal



Havia tanto dela em mim que foi impossível não me descontrolar,
não fugir ou pensar.
E quando me vejo no espelho é o reflexo dela que vem me azucrinar:
me jogar na cara o que eu não fiz,tudo que tinha que ter feito, que foi perdido.
É a voz dela a sussurrar pela manha as canções que cantarolava,
os olhos dela a me negar a luz que outrora tinha.
Os beijos dela me afagando noutras bocas...
Era ela em tudo que eu perdia!
Sem perceber minha fraqueza mais mortal, fechei meus olhos, ponto final!
Fui-me embora para sempre, perdendo da vida o mais belo presente.
Por ser fraco! Incompetente! Um mero verme boçal!
Acoplado, escravizado pelo carinho, pela paixão que eu fingia.
Eu não percebi que tanto de mim também ia, seguir com ela no final.
Pior de tudo, eu não sabia!
Que quebrando o peito dela, minha dor é que seria imortal!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Saudade sim!

Ai que saudades que eu tenho de você
Das nossas revoltas e do nosso amanhecer
Ai que saudade das risadas
Das bagunças com comida
Nossa guerra de farinha de trigo...

Ai que saudade das piadas cretinas
Das saídas pro sushi
e das idas e vindas de você em mim
Saudade do quarto vermelho
e dos dias chuvosos de sempre

Ai que saudade de te ver
de conversar sobre qualquer escopo
de sentir-se inteiro enquanto quebrado
somos culpados pelo pecado
a que não desejamos perecer

Saudade sim...
Mas tambem lembro dos dias de dor
onde você jogou fora o amor
que nem eu posso mais ouvir
Ai que saudade do que não posso conceber
Hoje minha vida caminha sem você

E o que sobra pra você
                                     é ficar sem mim...


segunda-feira, 10 de março de 2014

Tormenta


Mas há dor
e eu a sinto
tão verdadeiramente intensa
há lamento e tormento
e há vida
há tanta vida onde deveria falecer

há tristeza 
e há verdade
há amor 
e iniquidade
há partículas de você!


Lilium

Os iusti meditabitur sapietiam
Et lingua eius loquetur indicium

Beatus vir qui surffet tentationem
Quoniqm cum probates fuerit accipient coronam vitae

Kyrie, ignis divine, eleison

Oh quam sancta
Quam serena
Quam benigma
Quam amoena
Oh castitatis lilium

Oh quam sancta
Quam serena
Quam benigma
Quam amoena
Oh castitatis lilium


Onde ficou nossa canção?



Se os meus olhos fossem parar nos teus e de mais ninguém
pouco tempo haveria para tantas perguntas
meus pensamentos caberiam em uma única lágrima
os tormentos se converteriam em nada
Nossos amores seriam partes únicas de um beijo
haveria toda fé do mundo num lampejo de felicidade

Se eu pudesse estimar as batidas de meu peito
ou o silêncio que se encerra minha alma
não haveria bocados mas inteiros
seriam sempre verdadeiros os elos dentro de mim
Nosso adeus transformado em te adoro
as manhas em poesia e os males: sintonia

Se meu amor pudesse cruzar o seu e vingar
poderíamos ir a qualquer lugar
fazer luz na escuridão, ser mais que qualquer um
as tristezas passariam e os gestos lhe diriam
onde esta nossa canção.