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domingo, 7 de abril de 2013

Amor por um fio




Mesmo que o coração esperasse para sempre
isto não atenuaria meus suspiros
Nem mataria a lembrança dos teus abraços
Como fogo que arde na escuridão
Eu me queimaria inutilmente 

Mesmo que os beijos agora tenham gosto de lagrimas
Que as recordações sejam inúteis frangalhos 
E eu me abandone pelas metades noutros corpos
Mesmo sabendo que nada vai voltar

Eu não entendo e não posso pestanejar 

Mesmo que o peito te implore suave 
que volte e jamais me abandone
Que as flores mantenham a seiva pura
E meu jardim esteja limpo
Não há razão para desabrochar

Eu não entendo e não posso aceitar

Mesmo pedindo a todos os deuses 
Orando e fazendo promessas pra te conquistar
Chorando nos becos calada 
Supondo tentar te apagar
E não suportando, talvez a efêmera vontade de ir
De te trazer de volta e gritar

Que nada é tão doce quanto o seu corpo
E que nada poderá me salvar
Mesmo a dor continua, noites e dias
Fio a fio me retalhar
Não eu não entendo e não quero deixar

Eu simplesmente não posso aceitar
Doi,doi qual dor de morte e me enterra devagar
Abate e mortifica a alma que teima em lutar
Doi e desvanece, enegrece o sorriso 
Queima o olhar.


Não vá,não vá!Não me deixe, não me abandone!
Eu não entendo e não posso mais batalhar.

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